quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Indiferença.


A tua indiferença minha boca cala

e mesmo querendo roubar-te um beijo

devoro-te com os olhos cheios de desejo.

E que culpa eu tenho se minha insignificancia te faz sorrir?

Seria eu culpado por me apaixonar?

Essa tua indiferença me fascina

e no vasto vazio de minhas palavras

tento decifrar seus pensamentos quando finges me escutar.

Quando falas me perco no negro castanho do seu olhar

antecipando acontecimentos apenas por saber.

E de que me adianta a espera por um beijo que nunca irá acontecer?

E por que insistir em falar o que você não quer escutar?

Não te digo que o que sinto é amor

o amor é supérfluo, inconsequente e sempre acaba.

O que sinto por você é diferente, é como se eu conseguisse

enxergar com os teus olhos, é como uma onda que vai crescendo

e crescendo e quando essa onda passa logo atrás vem outra.

Isso não é amor, é muito mais

um dia conseguirei provar que o que digo é verdade.

E o que não era pra ser uma carta de amor passou a ser.

O que era para ser um desabafo tornou-se uma declaração.

Mais com você eu posso ser eu mesmo.



M.Morandi

Um comentário:

L. disse...
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