segunda-feira, 30 de maio de 2011

Dom.




Quando as luzes se apagam
e as cortinas de se fecham
a vida passa a imitar a arte;

Nem sempre o mocinho vence
mais ele quer vencer,
o príncipe vira sapo quando esquece a princesa
e os vilões estes sim ainda são os mesmos.

Quando as luzes se apagam
mostramos nossas fraquezas
nossos medos
e voltamos para a realidade dura da vida;

Quando as cortinas se fecham
voltamos para o mundo real 
para ter-mos a certeza de que 
o perfeito não existe.

Se a vida imita a arte eu já não sei
mais acabamos nos fundindo com este universo paralelo
onde podemos criar um mundo perfeito
com pessoas perfeitas
onde temos o poder de fazer com que as pessoas sonhem 
com um mundo melhor;

Onde através de algo minúscula-mente infinito
faz com que um sentimento infinitamente grande
aflore por alguns segundos, minutos ou horas no 
coração do espectador 
o que para nós é algo normal
para quem desconhece é um Dom.

E como não ser feliz por fazer alguém feliz
agradeço aos meus ancestrais 
por perpetuarem por tantas gerações este Dom  
em nossa família;


Dom este, que corre em minhas veias
e que pulsa ardente-mente em meu coração,
que me guia por caminhos estranhos
e que me fez ser metade emoção e 
metade sentimento;


Dom que, não me permitiu ter razão
Dom que me fez feliz por ser como sou
Dom que me deu asas e mostrou horizontes
Dom que me mostrou que o amor não é o caminho
o caminho é amar.


E assim tem sido desde então
tenho amado todos a minha volta
e só assim mantenho vivo
este Dom dentro de mim.




M.Morandi

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